A Agricultura de Precisão vem sendo cada vez mais usada para o controle agrícola, em especial nas fazendas exportadoras. A razão para isso é a grande economia de insumos, corte de custos e aumento da produtividade que essa forma de cultivar vem trazendo para o campo.
Agricultura de precisão: um pequeno resumo
Em resumo, agricultura de precisão (AP) é um sistema de gerenciamento agrícola. Assim, como todo sistema de gestão, requer dados de boa qualidade e em grande quantidade para que traga informações relevantes. A agricultura de precisão, especificamente, baseia-se na variação espacial de diversas características do solo e das plantas.
Portanto, para atingir seu objetivo - otimização de resultados, sustentabilidade e proteção ao ambiente - a agricultura de precisão utiliza um conjunto de várias tecnologias aplicadas, capazes de fazer uma avaliação da chamada variabilidade espacial da produção.
Aliás, historicamente, a origem da agricultura de precisão é o um mapa de produtividade. Esse estudo, elaborado em 1980 na Europa e Estados Unidos, realizou a primeira recomendação de adubação com doses variáveis, sob medida para cada tipo de solo. Ou seja, fez uma recomendação mais precisa.
No entanto, o que determinou a adoção em maior escala da agricultura de precisão foi surgimento do GPS na década de 1990. Em outras palavras, essa metodologia de gerenciamento rural é estreitamente vinculada a geotecnologias, grandes bancos de dados, inteligência artificial, aprendizado de máquina (IA) e todas as inovações tecnológicas da Indústria 4.0.
Em suma, a agricultura de precisão (AP) pode ter várias abordagens, mas o seu objetivo é sempre otimizar a produção. Para isso, a metodologia considera a diversidade de solo, clima e tipo de cultivo em questão.
No Brasil, a AP passou a ser aplicada a partir de 1995, especialmente na parte de controle de aplicação de insumos.
Agricultura de precisão: como vem sendo utilizada para o controle agrícola
No Brasil, as soluções propostas pela agricultura de precisão começaram a ser mais aplicadas a partir de 1995 são mais utilizadas na aplicação de corretivos e fertilizantes em taxa variável.
Isto é, sua aplicação principal é para a o controle agrícola. Isso porque a agricultura de precisão permite que se ajustem as aplicações de insumos de maneira mais customizada para as necessidades fisiológicas, de solo e de clima de um cultivo específico.
Em geral, a agricultura de precisão para o controle agrícola tem sido adotadas a partir de duas abordagens: desde a perspectiva dos corretivos e fertilizantes e sob a ótica da produtividade.
Controle agrícola com base na agricultura de precisão: a perspectiva dos corretivos e fertilizantes
O custo dos insumos impacta diretamente nos custos de produção e, por conseguinte, no preço de vendas e no valor que o consumidor final irá pagar. Portanto, todo produtor busca melhorar sempre seu processo de controle agrícola.
Dessa forma, a agricultura de precisão pode ser adotada para reduzir custos e melhorar os índices de produtividade. Para isso, realiza-se o manejo da fertilidade do solo gerenciando a aplicação de fertilizantes, calcário e gesso nas lavouras a partir dos resultados de amostragens georreferenciada do solo. Atualmente, essa é a abordagem mais comum em algumas das lavouras mais relevantes no agronegócio brasileiro, tais como grãos e cana-de-açúcar, e sua adoção segue aumentando.
A razão para o emprego da agricultura de precisão estar crescendo cada vez mais é a grande eficiência que ela traz para o processo de cultivo. Isso porque o planejamento agrícola de uma grande propriedade pode demorar muito, e um dos gargalos mais impactantes é a análise de solo. Estas amostras irão embasar as decisões de recomendações agronômicas, tais como o volume de corretivos, fertilizantes e defensivos. Isto é feito por meio da elaboração do mapa de produtividade da fazenda.
Nesse contexto, a agricultura de precisão contribui significativamente para dar celeridade ao processo. Em geral, o processo de elaboração do mapa de produtividade - que é fundamental para a realização do controle agrícola tem as seguintes etapas:
- Planejamento da coleta de amostras de solo
- Retirada em campo
- Envio para análise em laboratório
- Compilação dos dados
- Geração de mapas de aplicação
Com o auxílio da agricultura de precisão, o intervalo de tempo entre o início e o fim desse processo pode ser reduzido para 15 dias. Isso traz, além de economia de insumos, redução do tempo de planejamento das safras.
Controle agrícola sob a ótica da produtividade
A segunda estratégia é mais elaborada e leva em conta as plantas, e considerando a produtividade como indicador principal. Esse dado é importante para determinar a necessidade de reposição de nutrientes extraídos em safras anteriores, o que varia bastante de lavoura para lavoura.
Nesta abordagem, é necessária uma quantidade maior de dados e informações ao longo de vários anos. Isso é mais difícil de fazer e, portanto, requer maior qualificação da mão de obra e mais uso de tecnologia em campo.
Além disso, demanda tempo para que o conjunto de dados confiáveis seja construído para aquela localidade e cultivo em específico. Por outro lado, os ganhos também são maiores, já que as soluções adotadas serão bem melhor contextualizadas.
Agricultura de precisão e conectividade agrícola
A Agricultura de Precisão, na verdade, lançou as bases para a Agricultura 4.0 – ou agricultura inteligente ou, ainda, agricultura digital. Para que possa ser efetiva, a internet é essencial. Como podemos observar, a agricultura de precisão requer a formação e o uso de bancos de dados consolidados e confiáveis. Com base nesses dados é possível gerar informações precisas que trarão os almejados ganhos na lavoura.
Portanto, a agricultura de precisão é, na verdade, uma forma de gestão rural. Para realiza-la, é necessário que sejam utilizados instrumentos tecnológicos tais como GPS, Veículos Aéreos Não-Tripulados (VANTs ou drones), Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina. Há muito ainda a avançar nesse quesito, mas uma coisa é certa: a transformação digital já chegou ao campo e, com ela, a necessidade de boa conectividade no meio rural.
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