Nos últimos tempos, o Brasil tem enfrentado uma das piores condições climáticas, o que tem causado perdas significativas da produção de cana-de-açúcar e agravado a oferta global do produto, é o que aponta a joint venture BP-Bunge.
A empresa calcula que as perdas causadas pelas fortes geadas na região Centro-Sul do país, que responde por 90% da produção brasileira de açúcar, podem ser maiores do que o previsto e deve prejudicar as vendas em escala global.

Assim como outras commodities, as lavouras de cana-de-açúcar também foram afetadas pelas condições climáticas, considerada como a pior seca em quase 100 anos e a geada mais forte em mais de duas décadas.
Diante disso, em julho, a crise de oferta impulsionou os futuros de açúcar bruto para a maior cotação desde 2017.
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- 1. Rali da Cana-de-Açúcar Deve Continuar
- 2. Queda no Processamento
- 3. Produção e Produtividade
- 4. Etanol e Açúcar
- 5. Perspectivas para o Ciclo 2021/2022
- 6. Conte com um Software Agrícola para o Controle Financeiro da sua Fazenda
- Falar com um analista CHBAGRO
Rali da Cana-de-Açúcar Deve Continuar
De acordo com a Morgan Stanley, os preços do açúcar devem continuar acelerando o rali dessa comodity, se mantendo em patamares altos até 2022.
Isso porque há déficit na oferta do açúcar já que as exportações brasileiras representam 40% do fornecimento global e estão sendo prejudicadas pelas condições climáticas atípicas que o Brasil vem enfrentando, além da previsão de queda na produção de 16% nas próximas duas safras.
Para os analistas da consultoria, a migração dos fazendeiros para outras commodities, como a soja e o milho, além do aumento da produção do etanol a partir da cana-de-açúcar na Índia, podem trazer um déficit de 2 milhões de toneladas de açúcar em 2022.
Ainda de acordo com a Morgan Stanley, com a inflação alta e o PIB real sofrendo sucessivas revisões negativas, existe o risco de racionamento e de volatilidade, principalmente por causa das eleições no próximo ano.
Para a consultoria, as empresas produtoras de açúcar devem ter uma performance superior ao mercado local, assim como em outras commodities.

Queda no Processamento
Na segunda metade de setembro, a quantidade de cana-de-açúcar processada no Centro-Sul do país foi de 35,79 milhões de toneladas, uma queda de 11,38% em relação ao valor apurado no mesmo período da safra anterior.
Os estados da região Centro-Sul registraram, na primeira quinzena de setembro, moagem de 15,17 milhões de toneladas (queda de 9,15%). Já o Estado de São Paulo registrou uma quantidade processada de 20,62 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 12,95%.
Entre o início do ciclo 2021/2022 e o dia 1º de outubro, a moagem da commodity acumula uma queda de 6,86%.
Ainda nesse mesmo período, a quantidade de açúcar processada pelas usinas alcançou o patamar de 467,44 milhões de toneladas, diante dos 501,88 milhões de toneladas no mesmo período da safra anterior.
Produção e Produtividade
De acordo com União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), o número de usinas operando até o dia 1º de outubro foi de 225, empresas das quais 36 já terminaram a produção da safra 2021/2022 no final de setembro e apresentaram uma queda na moagem de 24,2% em relação ao ciclo passado.
Ainda segundo a UNICA, a menor oferta de cana-de-açúcar levou a antecipação do fim da moagem em muitas usinas. São Paulo é o estado com maior número de unidades produtoras que já encerraram a moagem, principalmente por causa do clima adverso, das geadas e dos focos de incêndio.
Já em relação a produtividade, os dados preliminares apresentados pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) para a primeira quinzena de setembro e levando em consideração 104 usinas, a produtividade registrada foi de 58,2 toneladas por hectare colhido no mês.
Comparados às 74 toneladas colhidas no mesmo período na safra anterior, é possível observar uma queda de 21,3%.
Ainda na segunda quinzena de setembro, o CTC mensurou a qualidade da matéria-prima a partir da concentração de totais de açúcares recuperáveis por tonelada, em 155,58 kg de ATR por tonelada, com recuo de 3,47% se comparado aos 161,18 registrados na safra 2020/2021.
Do início da safra até o primeiro dia de outubro, o indicador de concentração de açúcares no acumulado registra 142,71 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, uma queda de 0,1% em relação ao valor registrado no ciclo passado.
Etanol e Açúcar
Segundo os dados apurados pela UNICA, embora a moagem do açúcar tenha reduzido na primeira quinzena de setembro, a produção do etanol anidro teve um aumento de 8,24% nesse mesmo período.
A fabricação do biocombustível alcançou 847,02 milhões de litros na segunda metade de setembro – em 2020, a produção foi de 782,6 milhões de litros em igual período. Já a produção de hidratado alcançou 1,14 bilhão de litros, o que representa uma queda de 18,29%.
Ainda de acordo com a entidade, houve uma retração de 19,09% na produção de açúcar nos últimos quinze dias de setembro, atingindo o patamar de 2,32 milhões de toneladas em comparação a 2,87 milhões de toneladas produzidas em setembro de 2020.
Desde o início da atual safra até o dia 1º de outubro, a produção de cana-de-açúcar chegou a 29,19 milhões de toneladas, menor do que a alcançada na safra de 2020/2021, 32,06 milhões de toneladas.
Já a fabricação acumulada de etanol registrou um total de 22,79 bilhões de litros: 8,9 bilhões de litros de etanol anidro (alta de 24,43%) e 13,89 bilhões de litros de etanol hidratado (queda de 15,37%).
Vale ressaltar que, do total do biocombustível fabricado, 1,63 bilhão de litros foram produzidos a partir do milho.
Perspectivas para o Ciclo 2021/2022
De acordo com a UNICA, o cenário atual indica que pode haver uma perda de 60 milhões de toneladas de cana, em relação a safra passada.
Para a entidade, a produtividade foi muito prejudicada pelas condições climáticas entre abril de 2020 a março de 2021 e também pela migração da produção de cana para a de grãos, como soja e milho, principalmente pelo atrativo dos preços dessas commodities.

A safra ainda deve continuar com um viés açucareiro, mas com uma predominância maior do etanol por conta da quebra agrícola em São Paulo, Triângulo Mineiro e Paraná.
Para os executivos da UNICA, a safra 2021/2022 terá uma menor produção de ATR, açúcar e etanol, com ordem de crescimento de 5% em relação ao mesmo mercado do ano anterior.
“É uma safra onde o mercado vai estar abastecido, mas que a oferta principalmente do etanol será bem mais curta do que a oferta do etanol da safra anterior”.
Conte com um Software Agrícola para o Controle Financeiro da sua Fazenda
Diante de um mercado tão volátil quanto o de cana-de-açúcar, é fundamental que os produtores tenham uma visão global sobre a produtividade e opções de venda dessa commodity para garantir o sucesso da safra.

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