O Brasil é o maior produtor e exportador de café em todo o mundo. Nossa cafeicultura representa uma atividade econômica de grande importância, com a plantação de café gerando uma média anual de aproximadamente 60 milhões de sacas.
Mas você sabia que o uso de variedades adequadas e a capacidade de manejo varietal de cada uma delas é de fundamental importância para o sucesso dessa atividade agrícola?
Por essa razão, o conhecimento prévio das características morfológicas, fisiológicas e produtivas dos materiais genéticos à disposição do produtor representa um fator estratégico para a escolha da espécie e das variedades de café que permitam maior produtividade de cada plantação de café.
Veja quais são os critérios para escolha das variedades de café mais comuns no Brasil e entenda como o manejo varietal precisa ser específico dependendo das características de cada uma das variedades cultivadas no Brasil.
Plantação de café no Brasil – Diversas variedades são conhecidas
Seja na formação quanto na renovação do cafezal, uma das principais necessidades da plantação de café é o investimento em mudas que apresentem alta qualidade genética e sanitária, afinal o sucesso da lavoura se inicia na escolha de uma boa muda.
No campo do melhoramento genético do café, muitas pesquisas foram e continuam sendo desenvolvidas no país, sobretudo com o intuito de avaliar e selecionar as variedades para cultivo que mais se adequem às necessidades e exigências de cada região produtora.
Neste cenário, o uso de variedades adequadas é um dos elementos essenciais ao desenvolvimento de uma cafeicultura mais eficiente, competitiva e menos danosa ao meio ambiente.
Mas quais são essas variedades? Separamos algumas das mais comuns que você pode ver a seguir:
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Mundo Novo
Essa variedade é um híbrido natural entre o Bourbon Vermelho e o cultivar Sumatra. Foi encontrado pela primeira vez no começo do século XIX na cidade paulista chamada Mundo Novo, que atualmente é a cidade de Urupês.
Esta planta apresenta porte alto e tem uma maturação de seus frutos mais tardia, com um bom vigor vegetativo. No entanto, essa variedade costuma ter maior sensibilidade ao ataque de ferrugem.
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Bourbon Amarelo
Esse é um outro híbrido natural (entre o Bourbon Vermelho e o amarelo de Botucatu) que agradou com seus resultados e sua intensa doçura.
Porém, mesmo sendo considerada a melhor variedade para produzir cafés especiais, essa variedade ficou em segundo plano na opção de muitos cafeicultores, principalmente por ser bastante sensível a doenças e pragas, exigindo controles preventivos constantes.
Essa variedade apresenta maturação precoce e seus frutos apresentam aromas e sabores geralmente cítricos.
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Bourbon Vermelho
Com bons índices de produtividade, esta variedade é originária de uma ilha do Oceano Índico.
É uma variedade que exige bastante cuidado, além de muita água e um solo bem nutrido.
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Caturra
Resultado de várias mutações genéticas em meados do ano 1935, sendo base para vários outros híbridos.
Apresentam porte baixo, o que facilita o manejo, especialmente a colheita.
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Maragogipe
Descoberta na Bahia em 1870, esta mutação natural produz os maiores grãos de café das variedades aqui citadas.
A Maragogipe apresenta maior porte, folhas caídas, abauladas e largas na base, flores alongadas e retorcidas, assim como sementes também maiores e de conformação muito irregular, o que impossibilita a confusão com outras variedades.
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Catuaí
Resultado do cruzamento entre o Mundo Novo e Caturra, essa variedade começou a ser utilizado no ano de 1949.
Suas plantas apresentam porte mais baixo, maturação mais tardia e que geralmente não é uniforme.
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Icatu Amarelo e Icatu Vermelho
Resultado de pesquisas do Instituto Agronômico de Campinas, o Icatu é um híbrido entre um cultivar Robusta e um Arábica que foi cruzado com o Mundo Novo e, depois, com Catuaí.
As plantas desse híbrido são vigorosas, apresentando alta produtividade e porte mais alto e que se igualam àquelas da variedade Mundo Novo. Há semelhança também com Mundo Novo quanto à época de maturação e à resistência à ferrugem, sendo que o Icatu é um pouco mais tolerante.
Fatores para definir qual é a melhor variedade de café para cada necessidade
Escolher corretamente a melhor variedade na plantação de café é uma arte dominada por poucos, até porque, além de profundo conhecimento geográfico e climático, dominar os diversos aspectos da fisiologia da planta é fundamental dentro da cafeicultura.
E, dentre todos os fatores relacionados à busca por características agronômicas, a resistência à ferrugem, doença muito grave da cafeicultura, ainda persiste entre centros de pesquisa.
Assim, para formação de um novo cafezal, vários aspectos exigem melhor avaliação dos seguintes fatores:
- Clima favorável ao desenvolvimento produtivo e maior qualidade do cafeeiro;
- Solo com profundidade mínima de 1 metro;
- Boa drenagem para melhor desenvolvimento do sistema radicular;
- As áreas de plantio devem ser preferivelmente mecanizáveis, principalmente porque os tratos culturais estão sendo realizados de forma cada vez mais mecanizada;
Recomendações para um eficiente manejo varietal na plantação de café
O Brasil tem uma grande diversidade de regiões cafeeiras, com plantação de café de todo tipo, várias qualidades de café e competitividades também diferenciadas.
Temos regiões que apresentam custos menores e maiores possibilidades de mecanização, outras em que, obrigatoriamente, se deve investir em irrigação, umas mais e outras menos vulneráveis em relação ao clima e assim por diante.
Exatamente por isso, para a cafeicultura brasileira não existe uma “receita de bolo” de como alcançar a máxima produtividade, apenas recomendações gerais que devem ser adaptadas a cada situação.
Assim, as recomendações mais recorrentes para conduzir uma boa plantação de café são:
- Sempre adotar espaçamento de plantio adequado às estruturas da propriedade, ao nível do produtor rural e de acordo com o material genético presente nas mudas de café;
- Instalar o cafezal em áreas com infraestrutura regional específicas à cafeicultura, e que possua insumos, mão-de-obra especializada, prestação de serviços como colheita e podas mecanizadas, beneficiamento e comercialização dos grãos;
- Adquirir mudas de qualidade provenientes de viveiros idôneos;
- Recomenda-se fazer sempre uma análise química do solo para corrigir quimicamente sua fertilidade, permitindo que seja efetuado um bom preparo, correção e fertilização ou adubação do mesmo;
Vale ressaltar que todas as recomendações acima citadas determinarão o vigor e a produtividade da plantação de café.
Também é importante procurar um engenheiro agrônomo de confiança, pois a cafeicultura é uma atividade que exige investimentos durante os três primeiros anos com retorno financeiro de médio a longo prazo.
Por fim, devido ao alto investimento demandado, a plantação de café exige uma gestão muito bem conduzida. Somente assim o cafeicultor conseguirá ser mais competitivo, com inteligência, planejamento e gestão de melhor qualidade.
E para não se perder entre tantos dados e informações, vale muito a pena adotar um software de gestão que seja prático e intuitivo e que atenda os processos de gestão do negócio de forma completa, desde o planejamento de safra até o livro caixa digital, resolvendo uma série de desafios de gestão.
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