Uma coisa é fato, a pandemia de coronavírus causou grandes impactos negativos para diversos setores da economia.
No caso do agronegócio, a instabilidade do mercado consumidor e da disponibilidade de matérias-primas e insumos fez com que produtores de vários setores da agropecuária sentissem na pele a elevação dos custos de produção.
No entanto, fatores como a alta do dólar e a maior demanda internacional pelas commodities agrícolas ajudou a reduzir os efeitos negativos da pandemia no Brasil.
Isso, porque, o país conseguiu não só manter suas produções, mas alcançar números recordes nas safras, como a de grãos.
Sendo assim, os produtores rurais estão conseguindo novas oportunidades através da exportação, além de vender seus produtos no mercado interno com preços valorizados – o que ajuda a equilibrar o maior custo de produção e manter a margem de lucro.Confira quais estão sendo os efeitos da pandemia de coronavírus no agronegócio e o que você, produtor rural, precisa saber para preservar a rentabilidade do seu negócio!
Demanda pelos produtos brasileiros
Antes da crise de coronavírus, o Brasil passava por um cenário otimista com novas negociações e contratos de altas demandas pela China.
Por estar passando por outra crise sanitária que comprometeu grande parte de seus rebanhos suínos, a China precisou ampliar sua aceitação as carnes brasileiras para conseguir abastecer seus mercados.
No entanto, com o início do surto do coronavírus e mudança do mercado consumidor chinês, alguns contratos foram paralisados e outros cancelados, diante da instabilidade da economia causada pela quarentena.
Os impactos começaram a se espalhar pelo mundo e as incertezas causaram quedas em todos os setores, incluindo o agronegócio.
A grande diferença foi que o agronegócio começou a se recuperar rapidamente em relação aos demais ramos da economia, principalmente no Brasil.
Isso, porque, o clima tropical brasileiro possibilita com que a janela de produção seja muito mais ampla do que nos demais países, fortalecendo o país como um dos principais exportadores mundiais.
Como exemplo, podemos citar a safra de grãos como soja, milho e café, que mantiveram seus números de alta produtividade e qualidade nas safras.
Além disso, a alta do dólar diante das mudanças econômicas mundiais ajudou a valorizar as commodities brasileiras.
A alta trouxe grande rentabilidade para os produtores rurais que vendem seus produtos no mercado externo.
Outro grande ponto positivo se deve ao fato de que a China – um dos principais países que importam do Brasil – conseguiu se recuperar da pandemia e retomar as negociações e contratos ainda mais fortes.
A demanda chinesa por produtos brasileiros deve superar as expectativas para 2020, tendo em vista que a relação entre a China e os EUA (outro forte país exportador) ainda passa por instabilidades comerciais.
Expectativas e cuidados no pós-coronavírus
Enquanto o setor de grãos se mantém equilibrado pela alta do dólar e pelos recordes de produtividade, outros setores podem sentir mais os impactos negativos após o coronavírus.
A cana-de-açúcar, por exemplo, foi um dos setores agrícolas mais atingidos devido a queda no preço do petróleo que atinge o mercado de açúcar e álcool.
O setor do algodão também já tem visto os efeitos negativos da pandemia no mercado de fibras.
Devido a quarentena e a queda no poder de compra pelos impactos na renda e nos empregos, os consumidores tem mudado seus hábitos de consumo.
Os restaurantes fechados também diminuem a demanda por produtos da agricultura familiar, como frutas e hortaliças.
Além disso, o isolamento social impactou fortemente o ramo de flores e plantas ornamentais.
Durante essa má fase, planejar um recomeço estratégico e cuidar de cada detalhe da gestão do agronegócio será essencial para conseguir dar a volta por cima.
Através de um bom programa de gestão integrada, os produtores podem encontrar soluções para cortar gastos que não sejam essenciais durante a queda da demanda.
Além de se programar corretamente para evitar desperdícios nesse período.
No setor agropecuário, como o mercado de carnes, os fatores de renda da população ainda projetam um cenário de incertezas para o período pós-coronavírus.
Recentemente, o preço do boi gordo teve queda ocasionada pela pressão dos frigoríficos aos pecuaristas, o que pode ajudar a equilibrar a oferta e demanda de carne no mercado interno.
A busca por reduzir os custos de produção através de uma gestão estratégica será fundamental para produtores de todas as cadeias produtivas manterem a lucratividade de suas fazendas.
Medidas a favor dos produtores durante a crise
Buscando ajudar os produtores a superarem os impactos do coronavírus e manterem seus negócios saudáveis e prontos para a retomada, o governo brasileiro elaborou algumas medidas vantajosas para o setor:
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Prorrogação das obrigatoriedades do mês de abril, como Declaração Final de Espólio e da Declaração de Saída definitiva do País para 30/06/2020;
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Prorrogação da entrega final da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física para 30/06/2020;
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Prorrogação da entrega do Livro Caixa Digital do Produtor Rural para 30/06/2020;
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Nova MP do Agro para ampliamento do acesso ao financiamento agrícola, redução de juros e expansão de recursos;
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Fundo Garantidor Solidário (FGS) como garantia às empresas, bancos e tradings;
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Patrimônio Rural em Afetação, que permite ao proprietário rural oferecer parte de seu imóvel como garantia nos empréstimos rurais.
Além de poder aproveitar os benefícios já sancionados, é importante que o produtor rural se mantenha atualizado em relação as novas medidas que estão sendo constantemente lançadas.
Outros fatores fundamentais de acompanhamento são os preços futuros no mercado interno e externo.
Com esses dados em dia será possível elaborar um planejamento agrícola estratégico de acordo com os produtos que apresentem tendências de alta no mercado.
O objetivo disso é aproveitar as valorizações e recuperar mais rápido a saúde financeira do seu negócio.
Conclusão
A pandemia do coronavírus ocasionou um abalo na economia mundial e isso não foi diferente para o agronegócio brasileiro.
Porém, isso também aumentou a demanda de commodities e o preço do dólar, o que proporcionou um cenário positivo e de rápido retorno para o setor de grãos (soja, milho, café, entre outros).
No entanto, os setores de cana-de-açúcar e algodão sofreram com as consequências do isolamento social e alta do petróleo.
Dessa forma, ficou clara a importância de uma administração eficiente de custos para tomar as decisões corretas e se manter saudável mesmo em tempos difíceis.
Um software de gestão integrada se tornou uma solução ainda mais viável para o produtor rural.
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