Semear, plantar, cuidar e, enfim, colher os frutos de um árduo trabalho é um ciclo vital que se repete safra após safra na agricultura brasileira. Para permitir isso o Plano Safra é essencial, pois garante o crédito necessário para que o agricultor possa investir e custear a produção.
Lançado anualmente entre junho e julho desde 2003, este plano é a principal fonte de incentivo ao produtor rural brasileiro, permitindo que ele tenha capital para investir e custear sua produção de forma sustentável e eficiente.
E, para mais uma vez contribuir com o produtor rural, a versão 2020/2021 do Plano Safra trouxe novidades bastante interessantes, dando prioridade à sustentabilidade, com maior volume de recursos e juros mais baixos.
Clique aqui e confira a apresentação do MAPA sobre o plano.
Quer saber mais sobre o Plano Safra 2020/2021?
Então confira este artigo. Sugerimos que você leia até o final, pois você terá um presente muito interessante.
Plano Safra 2020/2021 – Sustentabilidade e maior oferta de recursos
Atividade essencial na balança comercial brasileira, a agropecuária, que nos garante alimento farto e de qualidade, está naturalmente caminhando para a máxima sustentabilidade.
E esse é o principal objetivo do Plano Safra 2020/2021, que provém incentivo à produção sustentável com mais recursos e melhores condições de financiamento, a juros mais baixos, principalmente para ajudar na retomada da economia afetada pela pandemia.
Assim como ocorreu com a versão anterior, o foco da nova versão está nos pequenos e médios produtores rurais. Por isso o governo destinou para a nova safra R$ 236,3 bilhões, volume R$ 13,5 bilhões superior em relação a 2019.
Desse volume total, R$ 179,38 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização dos produtos agrícolas.
Outros R$ 56,92 bilhões terão como destino ao investimento em infraestrutura, como compra de máquinas e implementos agrícolas.
Dessa forma, os investimentos foram ampliados em 30%. Mesmo percentual foi acrescido ao seguro rural, que agora soma R$ 1,3 bilhão.
Com isso, o governo pretende ajudar o agricultor a superar a crise atual, permitindo que o agro possa prosperar e seguir fortalecendo o Brasil e toda a sociedade.
Principais linhas de crédito do Plano Safra 2020/2021
O Plano Safra 2020/2021 ainda prioriza as linhas de créditos amplamente conhecidas pelo produtor, caso do Pronamp e do Pronaf, porém houveram algumas mudanças que visam trazer maiores benefícios ao pequeno e médio produtor.
De acordo com o ministério, pequenos produtores rurais terão R$ 33 bilhões para financiamento pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com juros de 2,75% e 4% ao ano, para custeio e comercialização.
Os médios produtores rurais, por sua vez, terão à disposição R$ 33,1 bilhões, por meio do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), com taxas de juros de 5% ao ano, também para custeio e comercialização.
Já os grandes produtores terão uma taxa anual de juros nos financiamentos de 6% para custeio e de 7% para investimento.
Outras linhas de crédito também fazem parte do Plano Safra, caso do Programa para Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (Programa ABC). Este programa é voltado para o financiamento de técnicas sustentáveis e terá recursos de R$ 2,5 bilhões.
Ainda dentro desse programa, caso o produtor necessite de capital para realizar adequações de sua propriedade ao Código Florestal, pode contar com a linha ABC Ambiental, que possui taxa de juros de 4,5% ao ano.
Programas de investimento em inovação também são prioridades
O plano safra 2020/2021 também apresenta linhas de créditos voltadas exclusivamente para o investimento em inovação e tecnologia.
Por isso, o governo destinou R$ 56,92 bilhões para investimentos no Plano Safra 2020/2021, pouco acima dos R$ 56,02 bilhões disponibilizados na safra anterior.
Dessa forma, os investimentos em inovações e tecnologia previstos no Plano Safra 2020/2021 são:
- Programa de Incentivo à Irrigação e à Produção em Ambiente Protegido (Moderinfra) – Esse setor terá 43,4% mais de recursos, no montante de R$ 1,05 bilhão;
- Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) – Essa área irá receber 38,5% a mais de verbas, com R$ 3,76 bilhões;
- Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro) - Terá volume 33,3% maior, estando disponíveis R$ 2 bilhões;
- Programa de Ampliação e Construção de Armazéns (PCA) - Receberá 23,1% mais de recursos, subindo para R$ 2,23 bilhões;
- Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais (Moderagro) – O capital a ser investido será de R$ 1,45 bilhão, 20,8% acima da safra passada.
Também existe incentivo à inclusão de novas tecnologias voltadas às cooperativas, por meio do Programa Prodecoop, que terá R$ 1,65 Bilhão (+28%), com uma taxa de juros de 7,0% a.a. e um limite de R$ 150 milhões/cooperativa.
Outra novidade do Plano Safra 2020/2021 é o Pronaf-Bio, totalmente voltado para as cadeias produtivas da bioeconomia e o programa de incentivo para construção de armazéns, com taxa de 5% ao ano e para o apoio à pecuária, para tecnificar o setor.
Outro setor beneficiado será aquele destinado à pesca comercial, com esse tipo de produtor tendo apoio para acessar o crédito rural que irá financiar a compra de equipamentos e infraestrutura para processamento, armazenamento e transporte de pescado.
Moderfrota e seguro rural: Importantes avanços no Plano Safra 2020/2021
Além das linhas de crédito anteriormente apresentadas, o Plano Safra 2020/2021 também ofertará R$ 9 bilhões para o Moderfrota. Porém, o governo destinará R$ 6,5 bilhões para o programa com taxas de juros equalizadas e R$ 2,5 bilhões a taxas de juros livres.
Assim, no total, para investimentos em máquinas agrícolas os recursos somam R$ 11,8 bilhões, sendo R$ 9 bilhões para o Moderforta e R$ 2,8 bilhões por meio do Pronaf Mais Alimentos.
O seguro rural é outro setor que ganhou mais prioridade no atual Plano Safra. A subvenção do governo é 30% maior, passando de R$ 1 bilhão na safra 2019/2020 para R$ 1,3 bilhão no próximo ciclo 2020/2021.
Esse valor deve possibilitar a contratação de 298 mil apólices, num montante segurado da ordem de R$ 58 bilhões e cobertura de 21 milhões de hectares.
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Com ela, também é possível fazer uma simulação de seguro rural para sua lavoura e comparar as propostas das seguradoras.
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Conclusão
Neste texto você pôde conferir que o Plano Safra 2020/21 apresentou maiores volumes de investimento com taxas de juros reduzidas.
Você viu também que um dos focos dos créditos do Plano Safra é fomentar políticas sustentáveis no agronegócio, por isso as linhas de crédito foram aprimoradas para quem atua nesta área.
Outro foco é o investimento em inovação e tecnologia, que vem para proporcionar condições diferenciadas para que produtores e empresas do agro possam investir em avanços, inclusive nas áreas voltadas aos bio-produtos.
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