Você sabia que as plantas daninhas têm potencial para causar prejuízos de até R$ 9 bilhões por safra? Esse montante, estimado pela Embrapa Soja, por si só, já mostra a importância do manejo correto dessas plantas indesejáveis.
Mas, por vezes, o custo para esse controle torna-se bastante elevado, gerando muitos problemas financeiros, além de falhas na eficiência no controle das daninhas. Esse é seu problema também?
Então saiba que você pode reduzir esse custo e aumentar a eficiência fazendo o manejo adequado durante a pré-safra!
Veja então o que são plantas daninhas e como você pode prevenir a presença delas na pré-safra, garantindo maior eficiência e redução de custos.
O que são plantas daninhas?
Consideradas como um dos fatores que mais afeta o rendimento e a produtividade agrícola, as plantas daninhas causam efeitos diretos na cultura principal, que poderá ter sua produtividade diminuída, além de efeitos indiretos como aumento do custo de produção, dificuldade de colheita e hospedagem de pragas e doenças.
As plantas daninhas são também conhecidas como aquelas plantas que crescem em locais não desejados, caso das nossas lavouras.
Abaixo são apresentadas as principais plantas daninhas e de difícil controle que podem ser encontradas no Brasil:
- Buva;
- Amendoim-bravo;
- Caruru;
- Capim Pé-de-galinha;
- Azevém;
- Capim Branco;
- Capim Amargoso;
- Tiririca, e muitos outras.
Também podemos incluir nessa lista a tiguera (planta voluntária), como por exemplo o milho crescendo no meio de uma cultura de soja, como visto na imagem abaixo.
Características mais marcantes das plantas daninhas
De acordo com Holm (1978), existe um total de 200 espécies diferentes de planta daninha no mundo. Estas apresentam muitas características, algumas mais específicas e outras mais amplas, que precisam ser continuamente consideradas para melhorar a eficiência no controle.
Primeiramente, elas apresentam grande capacidade de se adaptar a lugares diversos, sob os mais variados tipos de limitações de crescimento e desenvolvimento. Com essa característica, estas plantas obtêm mais facilmente os recursos naturais necessários (água, luz e nutrientes), por isso são grandes competidoras das culturas principais.
Há também a característica relacionada à dormência de sementes. Por causa do seu caráter competitivo, uma planta daninha pode se perpetuar por meio da dormência e germinação desuniforme das sementes, conferindo um difícil controle das espécies invasoras pelo fato de não germinarem todas ao mesmo tempo, mesmo em condições ideais de temperatura, umidade e luz.
Outra característica tem relação com desenvolvimento destas plantas invasoras, que geralmente é bastante rápido, sendo capaz de atingir sua maturidade em pouco tempo.
Por fim, a produção de sementes costuma ser bastante elevada. Uma única planta de trapoeraba, por exemplo, pode produzir mais de 1500 sementes.
Vale lembrar que este não é o único meio de reprodução das daninhas, já que algumas espécies apresentam capacidade reprodutiva também através de bulbos, tubérculos, rizomas e enraizamento.
Controle de plantas daninhas na pré-safra: Por que é importante considerar?
O uso excessivo e frequente de um único herbicida, ou de herbicidas que tenham o mesmo mecanismo de ação, para controlar plantas daninhas tem como uma das principais consequências o aparecimento da resistência, dificultando ainda mais o controle.
Diante disso, a utilização de outras estratégias precisa ser ponderada, afim de enfrentar problema de resistência. Hoje, existem várias estratégias para isso, tendo nos produtos pré-emergentes uma das possibilidades mais significativas.
Vale lembrar que dificilmente conseguiremos controlar todas as plantas daninhas com 100% de eficiência, mas já temos à disposição vários métodos a serem utilizados na pré-safra que vão refletir de maneira positiva no rendimento produtivo da safra. Neste caso, o manejo integrado de plantas daninhas será sempre uma ótima solução de controle.
Veja então quais são as possibilidades mais recomendadas e eficazes para que você possa fazer o controle de uma uma planta daninha ainda na pré-safra.
1. Opte pela cobertura do solo
Diversos estudos mostram que áreas em pousio (ou seja, sem uma cobertura vegetal) são a porta de entrada ideal para o aparecimento de novas plantas daninhas no banco de sementes da sua lavoura. As plantas daninhas vão se multiplicar e liberar as sementes, dificultando bastante o controle na safra.
Por isso, a supressão de plantas daninhas pela utilização de culturas de cobertura será uma boa opção. Essa supressão se dará devido aos efeitos físicos, alelopáticos ou por competição por espaço (água, luz e nutrientes).
A utilização da palhada irá proporcionar proteção do solo, com consequente diminuição da incidência de plantas daninhas. Irá também assumir um importante papel no manejo integrado das plantas daninhas, permitindo que em alguns casos seja minimizado o uso de herbicidas com redução de suas doses.
Portanto, não há dúvidas da importância de manter o solo coberto. Porém, essa eficiência depende de alguns fatores, como:
- Escolha da espécie, com esta devendo se encaixar no manejo que o produtor utiliza em sua propriedade;
- Adaptação desta ao local de cultivo;
- Disponibilidade de sementes;
- Tipo de cultura subsequente; e
- Das principais espécies de plantas daninhas presentes na área, entre outros fatores.
2. Faça uso de herbicidas pré-emergentes
Com o avanço das pesquisas e de novos compostos, o uso de herbicidas pré-emergentes é outra opção que você deve considerar afim de combater as plantas daninhas ainda na pré-safra.
A utilização de herbicidas na pré-emergência, que têm diferentes mecanismos de ação, vem sendo uma ótima alternativa para enfrentar o problema da resistência das daninhas, ao mesmo tempo que impede seu desenvolvimento.
A ideia, nesse contexto, é buscar diversificação na utilização de diferentes princípios ativos, capazes de minimizar o problema de plantas tolerantes ou resistentes. Estes pré-emergentes apresentam ainda efeito residual no solo, não deixando as plantas daninhas emergirem. Isso ajuda a manter a lavoura limpa e evita a mato competição com as culturas agrícolas.
Porém, vale lembrar que a utilização destes produtos exige conhecimento sobre sua interação com o solo, a relação com a palhada, a umidade, a seletividade para a cultura que será implantada e o carry-over (resíduo para a cultura subsequente), entre outras questões.
Portanto, esteja sempre atento e busque acompanhamento de um agrônomo.
Conclusão
Vimos que o controle de plantas daninhas pode ser muito mais eficiente se forem adotadas estratégias de controle ainda na pré-safra, evitando maiores prejuízos (produtivos e financeiros) à atividade agrícola.
Entre as estratégias de controle da pré-safra pode-se citar o uso da cobertura do solo, além o uso sustentável de herbicidas com ação pré-emergente. Mas, antes disso precisamos ter ciência das características das daninhas, além da interação com o solo, com as plantas cultivadas e com demais questões de importância.
Por fim, nunca se esqueça de, antes de qualquer ação de combate de qualquer planta daninha, consultar um agrônomo especializado.
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